Em sua visita à Bahia, um dos momentos mais lúcidos da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, e que mais se assemelharam aos discursos inspirados do presidente Lula, foi a sua irreverência ao comentar a situação de um dos locais que mais causam transtornos ao trânsito soteropolitano: a malograda Rótula do Abacaxi. “Eu acho muito significativa a irreverência de algumas populações do Brasil. E Salvador tem essa capacidade de mostrar através de certas denominações onde está o erro. Chamar a rótula de Rótula do Abacaxi é importantíssimo, porque coloca o nome bem claro em relação ao problema: é um abacaxi”, exclamou a pré-candidata à Presidência da República, com status de uma legítima moradora do chamado Cabula Ví. As obras da Via Expressa pretendem resolver definitivamente a situação do tráfego no mais problemático gargalo da cidade. O investimento é de R$ 380 milhões e a titular do governo federal propõe que, após a inauguração, a rotatória ganhe um nome menos sugestivo. “Eu até sugeri para o governador Jaques (Wagner) que no dia em que a gente inaugurasse mudasse o nome. Eu já sugeri melancia, ele está aqui me sugerindo mamão, o nosso secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, sugeriu berimbau. Aí vocês vejam que, de qualquer jeito, o que vai acontecer é que nós estamos dando uma satisfação à população de Salvador: olha o abacaxi nós vamos descascar”, prometeu. A ministra assegurou ainda a participação da Bahia na exploração da camada de pré-sal.
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